Segundo a designer de interiores, Marcela Passamani, as persianas são mais indicadas para períodos de clima seco, pois absorvem menos poeira
O período de seca no Centro Oeste é previsto até meados de setembro. Neste ínterim, além dos cuidados com a ingestão constante de água e hidratação da pele, a decoração de interiores adaptada ao clima, pode aliviar a sensação de secura. “Nesse tempo seco, o maior truque na decoração da casa é o uso da água. O primordial é umidificar o ambiente”, aconselha a designer de interiores, Marcela Passamani.
Para amenizar os efeitos da baixa umidade do ar, a opção é o uso de plantas, fontes, umidificadores, arranjos com velas ou água tonalizada. Já para diminuir a temperatura dentro da residência, o ideal é a utilização de materiais naturais e mais leves, como o algodão. Entretanto, a escolha do material deve levar em conta a absorção de poeira. “Ao invés de cortinas, é adequado usar persianas”, aconselha Passamani.
A preservação de um ambiente claro, arejado e que não receba muita incidência de sol é importante. Neste contexto, Susana Salles Brancaglion, também designer de interiores, chama atenção para o uso do ar condicionado. “O ar condicionado não é uma solução, pois resseca o ambiente. Para refrescar é melhor usar ventiladores ou umidificadores”.
O uso de plantas ajuda a amenizar os efeitos do clima seco
Susana aproveita para dar dicas de como posicionar o umidificador dentro de casa. “Colocá-lo no meio da sala, por exemplo, não fica bom. Escondê-lo atrás de uma planta é uma opção. Assim as visitas podem ver um vapor surgindo, mas não sabem de onde sai”. Segundo a especialista, com o frio da noite, o mais adequado é deixar o vapor do umidificador quente. Já de dia, para se refrescar do calor, a indicação é o vapor frio.
Nesta época no ano, tapetes são bem vindos, desde que não sejam felpudos, não acumulem poeira e sejam fáceis de limpar. Tapetes de nylon, poliamida e poliéster são as melhores indicações, segundo Susana.
Em estado de atenção
No fim de julho, a umidade relativa do ar no Distrito Federal chegou na marca de 23%, com uma temperatura média máxima de 27ºC. O cenário obrigou a Defesa Civil a declarar estado de atenção na região. Segundo os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) a umidade relativa ideal é de 60%. Quando o nível alcança entre 20% e 30% os cuidados com a saúde devem ser redobrados.
A tendência para os próximos anos é de aumento da temperatura e diminuição da umidade relativa do ar. Em grande parte, isso se deve ao desmatamento e crescimento rápido das cidades. Na tentativa de abrandar os efeitos desta tendência, Mamede Luiz Melo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), aponta, além da arborização, a arquitetura inteligente como uma solução. “É preciso pensar no tipo de material que será utilizado como telhado da casa, por exemplo. O tipo de material ajuda a amenizar o calor”.
Fonte: Correio Braziliense
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